quinta-feira, 17 de dezembro de 2020


A FAREDUCA e a Associação THE K-EVOLUTION continuam a jornada transformativa 'Educar Adiante' com uma proposta para professores, de Janeiro a Junho de 2021.

Toda a informação está disponível aqui.

As inscrições decorrem até 8 de janeiro (NOVO: prazo alargado a 29 de janeiro devido à situação pandémica da COVID-19), devendo ser efetuadas através de formulário disponível aqui.

Para nos conhecer e saber mais, visione o 'Webinar EDS: um passo para Educar Adiante', realizado no passado dia 22 de dezembro de 2020, às 18h - info aqui.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Libertem as Crianças: a urgência de brincar e ser ativo



Numa altura de grande fechamento, surge este livro, não é por acaso. Além de todos os seres da Terra, também as crias do 'bicho homem' estão a ser convidadas a uma vida (mais) livre. Para nós, adultos, é tempo de recolhimento, reflexão e revisão monográfica nesta vida-escola. Para os nossos filhos, o desígnio é outro. Chegou o seu tempo! Por isso, pais de todo o mundo, ouçam o Professor Carlos Neto e... Libertem as Crianças!

Publicações Gulbenkian

A Gulbenkian disponibiliza uma 'biblioteca digital' das suas publicações, reunindo textos clássicos e centenas de edições online.

Cinquenta e dois títulos da Coleção de Textos Clássicos encontram-se já acessíveis ao público, estando as restantes Coleções em processo de seleção e tratamento digital para futura reedição neste suporte.

Entre as obras disponíveis contam-se: A República, de Platão, Cartas a Lucílio de Séneca, Medeia de Eurípedes, A Cidade de Deus de Santo Agostinho, Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, Acerca do infinito, do universo e dos mundos de Giordano Bruno, A Cidade Virtuosa de Alfarabi e A Utopia de Thomas More.

Hoje, salientamos a obra 'Tratado da Natureza Humana' de David Hume. Porque importa compreender o que, afinal, é natural em nós.

Aceda às publicações já disponíveis aqui: https://gulbenkian.pt/publicacoes

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

A força de celebrar

O novo ano letivo está prestes a começar e a FAREDUCA, como já vem sendo habitual, elege um tema norteador da sua ação - e que pretende inspirador para todos.

Fruto da experiência e reflexão em que mergulhámos neste tempo de pandemia, emergimos com um desafio e convite, que lançamos a todos sem excepção, reconhecendo "A Força de Celebrar".



A FORÇA DE CELEBRAR | POEMOTE

Indo em contra-ciclo com a retracção e o medo, é urgente celebrar!

Começando pelo fim, antes mesmo de avançar, é urgente celebrar!

Reunir feitos e comuns, no naipe que se há-de jogar,

                                       no sonho que se há-de sonhar,

                                       na ação a concretizar,

Para isso há que criar momentum e celebrar.

Porque juntos somos mais fortes,

                       nutrimos a empatia,

                       quebramos barreiras,

                       poupamos energia.

A celebração tem a força de um gigante na ponta do nariz:

simples, pequeno, onde estás, com quem estás,

sem exacerbamento ou pressão - sem julgamento de razão

cabem todos num pingo - e o pingo faz-se onda e mar infinito.

A celebração traz ainda a alegria - ingrediente sem o qual nada de bom se faria.

Combate a depressão, leva amor ao coração, traz tanta motivação!

Tudo isso nos dá defesas, imunidade natural, sabedoria no olhar para lá de bem e mal.

E esse músculo de unir, compreender, sentir, tem que ser ginasticado.

Celebrar no início de cada jornada é mergulhar na alma do mundo e trazer luz à caminhada.


 A FORÇA DE CELEBRAR | O QUE NOS PROPOMOS FAZER

"A Força de Celebrar" estará em nós, neste ano letivo:

  • Levando momentos celebrativos às escolas (com elas desenhados e concretizados);
  • Criando programas de imersão, aprendizagem e celebração na natureza (retiro educativo), para alunos (grupos-turma, ao longo do ano letivo) e professores (nos períodos de interrupção letiva);
  • Dinamizando e colaborando na produção, tradução e disponibilização de conteúdos e recursos que ajudem as comunidades educativas a informar-se, capacitar-se e autonomizar a sua ação - celebrando cada 'lançamento' conjuntamente;
  • Colaborando com os municípios e juntas de freguesia no desenho e realização de eventos celebrativos comunitários orientados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável;
  • Marcando presença nos momentos celebrativos dos nossos parceiros e para eles contribuindo o mais ativamente possível;
  • Mantendo os nossos habituais canais (blog, página do facebook, e-mail, tmv) abertos e disponíveis junto de todos.


 CELEBRAR A FORÇA DE CELEBRAR | 27.SETEMBRO, LISBOA

E como queremos desde já celebrar a força de celebrar, convidamos todos em geral (e os primeiros 30 amigos em quem este convite ressoe, em particular) a um encontro presencial em Lisboa, no domingo 27 de setembro, pelas 10h, na sede da MIAU Associação Cultural (Espaço Alvito).

Nele iremos abrir o círculo, partilhar, co-criar, refeiçoar, celebrar e meditar, unindo-nos à meditação mundial 'Todos Juntos por Gaia', que no nosso fuso se realizará pelas 16h45.

Confirmação de presença por e-mail para fareduca.geral@gmail.com.


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Reinventar Processos Educativos: Reflexões e Ações Futuras



REINVENTAR PROCESSOS EDUCATIVOS: REFLEXÕES E AÇÕES FUTURAS

1. CONTEXTUALIZAÇÃO

Este documento surge no âmbito de um espaço de reflexão proporcionado pela ANIMAR – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, associação que integra um conjunto de  organizações da Economia Social e Solidária, especificamente o Grupo de Trabalho Educação, Cidadania e Igualdade, no quadro MANIFesta – Assembleia, Feira e Festa do Desenvolvimento Local.

Esse espaço de reflexão, inicialmente agendado para Outubro de 2020 foi, devido aos condicionalismos de saúde pública atuais, reagendado para a primavera de 2021, na Covilhã, constituindo o encontro bienal de organizações da sociedade civil promovido pela Rede ANIMAR, em parceria com outras organizações nacionais congéneres e que, nesta edição, se foca na temática “Construir Comunidades Justas e Sustentáveis”, realizando vários debates regionais e nacionais em torno do tema.

Face à atual pandemia, os debates temáticos estão a decorrer em formato de webinário e visam, simultaneamente, aprofundar a reflexão da sociedade civil e construir, de forma participada, contributos para políticas públicas locais, regionais e nacionais que, através de medidas concretas, promovam uma efetiva mudança social em torno dos quatro eixos da MANIFesta: território, igualdade, ecologia e
democracia.

É neste contexto que foi organizada, no dia 14 de julho de 2020, uma videoconferência denominada “Reinventar os Processos Educativos depois da Pandemia”, que contou com contributos muito relevantes de várias partes interessadas na temática em discussão: educadores/as e professores/as dos mais diversos níveis de ensino, de investigadores/as, representantes de organizações de pais, de entidades da sociedade civil (Associações, Organizações Não Governamentais e Cooperativas, entre outras) e de pessoas individuais com interesse na matéria.

Decorrente do enriquecedor debate criado nesta iniciativa, deu-se continuidade ao mesmo, no dia 27 de julho, com o objetivo de se refletir em mudanças que se consideram necessárias no sistema de ensino em Portugal.


2. QUESTÕES DE PARTIDA

Neste momento, em que as escolas preparam o próximo ano letivo tendo que prever três cenários diferentes (presencial, misto e a distância), face aos condicionalismos das medidas de saúde pública derivadas da pandemia COVID-19, surgem-nos várias inquietações:
  • O papel do/a professor/a pode manter-se igual, face às mudanças e exigências atuais?
  • O ensino-aprendizagem pode continuar refém de uma preocupação exclusiva em cumprir conteúdos e planificações?
  • A tecnologia vai servir que práticas e processos de ensino-aprendizagem?
  • A aprendizagem dos alunos e alunas pode continuar cativa de uma dinâmica pedagógica definida pelo/a professor/a, ensinando do mesmo modo, ao mesmo tempo, a grupos heterogéneos?
  • A aula, enquanto unidade de tempo organizacional do trabalho pedagógico, oferece as condições de ensino-aprendizagem e interpessoais para a promoção da autonomia, cooperação, desenvolvimento pessoal, social e emocional das crianças e adolescentes?
  • A aula, enquanto unidade de espaço, oferece as condições físicas para um efetivo plano de saúde pública, de distanciamento físico? Será o único espaço possível de ensino-aprendizagem? Ou poderá o ensino-aprendizagem sair das “quatro paredes” e acontecer em espaços naturais, culturais, comunitários?
  • O Sistema Educativo chega a todos e a todas? Garantindo que sim, como sabemos que todos e todas têm as mesmas condições para a aprendizagem?
  • Que relação, papel e participação quer a escola atribuir às famílias?
  • Pensar na comunidade educativa limitada a professores/as, auxiliares e alunas/os é redutor: que outra comunidade educativa e de aprendizagem seria essencial ativar na educação de hoje? 

3. MOTIVAÇÕES

PORQUE:
  • Acreditamos na escola pública e no trabalho de quem em prol dela age;
  • Acreditamos nos/as professores/as e em todos/as os/as profissionais educativos e na sua capacidade e entrega em prol da educação;
  • Acreditamos em processos de aprendizagem comunitária, ancorados nos territórios, na família e na capacitação entre pares,
Sugerimos as seguintes pistas de consolidação de processos de mudança:

1) TRANSITAR GRADUALMENTE
Iniciar o ano letivo de modo tranquilo para toda a comunidade educativa (professores, estudantes e famílias), assegurando tempo para reforço dos relacionamentos (e não só), para a recuperação e consolidação das aprendizagens.

2) APOIAR OS/AS PROFESSORES/AS
Em qualquer que seja o cenário educativo possível (presencial, à distância ou misto), a motivação do corpo docente é essencial para responder às atuais circunstâncias desafiadoras. Reconhecer, apoiar física e psicologicamente limitando os níveis de exaustão e investir na orientação especializada para os preparar para cenários de crise e incerteza.

ENVOLVER AS FAMÍLIAS E COMUNIDADES. Uma das principais lições da pandemia foi o destaque do envolvimento das famílias e comunidades no processo de aprendizagem das alunas e alunos.

3) PLANEAR A REABERTURA DAS ESCOLAS DE FORMA MAIS COLETIVA E ABERTA À COMUNIDADE
Efetuar este planeamento com base no “Plano de Ação e Recomendações para a Reabertura de Escolas” (1) que evidencia o porquê de reabrir as escolas, destacando 6 dimensões a considerar: (a) Políticas públicas; (2) Financiamento; (3) Segurança das Operações; (4) Aprendizagem; (5) Inclusão dos mais vulneráveis; e (6) Bem-Estar e Proteção das Pessoas.

4) RECONFIGURAR ESPAÇOS E TEMPOS DE APRENDIZAGEM
A alteração da configuração da sala de aula é urgente para que possa dar lugar a uma aprendizagem significativa, autónoma e diferenciada (ex. organização em U, aproveitamento dos espaços exteriores das escolas), para que possa dar lugar a uma Educação democrática e participativa, pilar fundamental norteador da educação do futuro.

5) PROJETAR O ESPAÇO DE APRENDIZAGEM DA ESCOLA NA RELAÇÃO DA MESMA COM AS COMUNIDADES E TERRITÓRIOS
O espaço democrático e participativo em que se torna a escola engloba a sociedade envolvente, numa infusão de saberes e de viveres em que todos os atores, pessoas e instituições da comunidade têm o seu papel. Podem ser “chão de escola” todos os espaços significativos distintos, tal como a natureza, o familiar, o coletivo, o comunitário, o cultural ou o desportivo desde que potenciem a aprendizagem.

6) RESSIGNIFICAR O QUE É UM/A PROFESSOR/A
Se queremos crianças e jovens preparados para um futuro que se prevê imprevisível, se queremos crianças e jovens criativos/as, flexíveis, com capacidade para se relacionarem, com capacidade para encontrarem soluções, com capacidade para trabalharem coletivamente, aproveitando o melhor de cada um/a, precisamos também de mudar o paradigma do que é um/a professor/a. E é fundamental que nesta ressignificação se reforce a importância de trabalhar, dentro do espaço escolar, o Saber Ser, o Saber Estar, o Bem-Estar Emocional e Mental.

7) EDUCAR EM COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM. Acreditamos no desejo e capacidade, de todos e todas as intervenientes do processo de aprendizagem, na transformação e ressignificação da escola, como coração palpitante de comunidades adaptáveis às mudanças atuais, comunidades sustentáveis e felizes. Acreditamos numa escola para todas as pessoas, que não deixa ninguém para trás. Uma escola na, com e a partir da comunidade, desenvolvendo e potenciando o seu território. Uma verdadeira comunidade de aprendizagem.

8) TRABALHAR EM REDE
Entre vários intervenientes, desde as redes de interação entre alunos/as, numa clara mentoria entre pares, aos professores e professoras, às redes criadas entre os diversos membros das comunidades educativas, às estabelecidas entre a comunidade escolar e a família e as que envolvem todos estes intervenientes e a comunidade onde a escola pertence.

Se o recurso à tecnologia, como facilitador, permitiu a reconfiguração da modalidade educativa, a constituição destes grupos informais abriu caminho para o desenho ou para a construção de mais uma estratégia pedagógica.

9) ANCORAR PROCESSOS DE MENTORIA
Manutenção das comunidades de prática informais e/ou espontâneas constituídas entre alunos/as e professores/as, redirecionando os seus objetivos e transformando-as numa estratégia de ensino-aprendizagem a que se pode recorrer quer no ensino presencial, à distância ou misto.

10) REFORÇAR A TUTORIA
Generalização da prática de tutoria, a partir das necessidades, interesses e potenciais dos alunos e alunas, desenvolvidos através de roteiros de estudo, pesquisas, projetos, promovendo a auto-regulação das aprendizagens, autonomia, diferenciação - e onde o professor/a-tutor/a se torna um/a facilitador/a de conhecimento e de mediação do processo de aprendizagem.

11) AUTONOMIZAR AS ESCOLAS
Centrar as políticas educativas também na valorização dos processos educativos territorializados e comunitariamente partilhados, não enfatizando os resultados nacionalmente parametrizados como
critérios exclusivos de avaliação da aprendizagem.


4. PROPOSTA

Este coletivo disponibiliza-se, a partir de setembro, a encetar um processo piloto de:
i) auscultação a Agrupamentos de Escolas e à Sociedade Civil Educadora; e
ii) apoio à implementação de processos de mudança e sua monitorização.

O coletivo de organizações e de pessoas que subscreve este documento considera que as Direções de Agrupamentos, Escolas e o Poder Local têm um papel decisivo na mudança dos processos educativos atuais para as competências de futuro e que as associações da sociedade civil também podem contribuir de forma mais ativa para essa mudança.

Assim, é intenção apoiar estas estruturas na transição sugerida, nomeadamente:
  1. Apoiar o processo piloto acima descrito;
  2. Dar o feedback dessa auscultação aos Agrupamentos de Escola, Escolas não Agrupadas, Poder Local, à sociedade civil em geral e a todos os atores que tenham por foco a Educação;
  3. Apoiar o desenho e a implementação de intervenções, com base nos resultados da consulta, que respondam às preocupações dos intervenientes, contribuindo efetivamente para uma educação transformadora.
Para finalizar, reforçamos a importância de uma governação participativa no reinventar dos processos educativos. Para tal, serão necessários líderes com coragem e determinação para avançar com a transformação da educação em torno de um modelo mais democrático, mais participativo e mais cooperativo entre todos os intervenientes no processo educativo.

A transformação envolve não só a educação formal como também a não formal e a informal, simultaneamente aprendizagem socioemocional e cognitiva e educação comunitária e cidadania.

EDS - Educação para o Desenvolvimento Sustentável em ação é basicamente cidadania em ação. Evoca perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, tomando como lugar não apenas a escola, mas também ambientes fora da escola, ao longo da vida de cada indivíduo. Baseado em direitos humanos e princípios como participação, não discriminação e prestação de contas, que interage com o meio
social e cultural da comunidade e estimula a aprendizagem social dentro dela. A identidade cultural pode desempenhar um papel importante. Para se relacionar mais estreitamente com as comunidades, as escolas devem ter mais autonomia na implementação da estrutura curricular e na gestão das suas atividades diárias. A EDS em ação, portanto, requer uma nova perspetiva sobre os papéis e funções das escolas.
Fonte: UNESCO. General Conference, 40th, 2019 disponível aqui.

ASSOCIE-SE E SUBSCREVA
Este documento reflete sobre algumas inquietações e demonstra a disponibilidade de entidades da sociedade civil em participarem mais ativamente na mudança das práticas educativas dos seus territórios.

Para além de vir a ser partilhado com o Ministério da Educação, pretende sobretudo chegar a Direções de Escolas e de Agrupamentos Escolares e também ao Poder Local, para que essa mudança seja feita desde a base.

Para tal, é necessário que o documento ganhe "força" e seja subscrito por um conjunto alargado de pessoas e organizações. Assim, convidamos à sua subscrição, aqui:



ENTIDADES SUBSCRITORAS DE BASE:

OUTROS CONTRIBUTOS:
EDUCAR ADIANTE - documento de reflexão, contributo e convite à co-construção da educação e da escola na era COVID-19 (parceria THE K-EVOLUTION e FAREDUCA)


Para mais informações, contacte-nos ou diretamente a ANIMAR.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A FAREDUCA celebra hoje 10 anos. É uma 'data redonda' que nos lembra como e porquê começámos. A razão (e missão) ainda hoje se inscreve na nossa frase-chave: Educar para o Futuro Hoje! A matéria (que trabalhamos) é o nosso sobrenome: 'Educação para a Sustentabilidade'.

Ao longo destes 10 anos fizemos muita coisa: muitos projetos, ações, iniciativas, materiais e imateriais. Fizémos também muitos amigos, colaborando com diversos públicos, variadas instituições e reunindo um conjunto de parceiros de que hoje muito nos orgulhamos.

Tudo isto está patente na página 'o que fazemos' do nosso blogue, pela qual vos convidamos a navegar à vontade, seguindo os links associados às diferentes iniciativas/ projetos (os inativos traduzem fases de planificação, desenvolvimento ou reformulação).

Celebramos com todos vós e a todos agradecemos de coração estes 10 anos de caminho feito e a possibilidade de continuar bem acompanhado na senda da tão preciosa aventura de crescer, aprender, mudar e melhorar. A nós mesmos, ao espaço seguro nos nossos círculos - e ao grande círculo que segura todo o espaço. Esse incomensurável espaço comum onde, inexoravelmente juntos, nos co-criamos e reinventamos a cada momento, (a)o ritmo da vida.

Pela FAREDUCA,
Rita Fouto

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Educar Adiante



A FAREDUCA e a The K-Evolution lançam hoje um documento e iniciativa que pretende dar início a uma reflexão e co-construção sobre o futuro da educação em Portugal e a reabertura das escolas.

Todos são convidados à sua leitura, envio de comentários e envolvimento neste processo participativo.

'Educar Adiante' está disponível, em pdf, aqui.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Mais Energia com a Lisboa E-Nova

A Lisboa E.Nova lançou mais um filme de animação, desta feita dedicado à energia solar, precisamente intitulado 'Gira Solis'. Este indutor pedagógico, desenvolvido no âmbito da Lisbo@ Cidade Solar, promove o uso da energia solar dando exemplos da utilização quotidiana desta fonte de energia.



A Agência lançou também um guia ilustrado sobre energia, o qual descreve o universo da energia e situações do dia-a-dia para ajudar os mais novos - e suas famílias - a interiorizar conceitos e comportamentos, através de 25 Eco-Gestos que aparecem associados a curiosidades e desafios para serem praticados em contexto familiar.


É de aproveitar, pois ganhamos todos... Mais energia!

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Brincar, o primeiro exercício de ativismo


Hoje, no Dia da Criança, elegemos o artigo da 123 Macaquinho do Xinês para o EARTHfest'2020, sob o tema 'Ativismo e Paz'.

Porque brincar é mesmo o primeiro exercício de ativismo, hoje e sempre dizemos: deixem-nos brincar!

https://earthfest2020.blogspot.com/2020/05/brincar-o-primeiro-exercicio-de-ativismo.html

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Dia Mundial da terra (22 de Abril) - 50 anos



O mundo mobiliza-se para celebrar os 50 anos do Dia Mundial da Terra, a 22 de Abril de 2020.

Com a rede internacional 'EARTHDAY NETWORK'

Na rede 'Earth Day Network', há três formas de participar:
- Com '24 horas de Ação';
- Uma 'Onda Digital Global'; e
- Um dia inteiro de conteúdos ao vivo com o 'Earth Day Live'.



24 Horas de Ação
No dia 22 de Abril, será apresentada uma nova ação a cada hora do dia que passa.

Estas ações podem ser 'adotadas' desde já, por qualquer pessoa e em sua própria casa, de modo a que, todos juntos, possamos continuar a luta coletiva pelo planeta.

Desde comprometer-se a votar, entrar em contacto com os seus representantes, fazer mudanças na dieta. Sintoniza o site da rede (www.earthday.org) a cada hora do Dia da Terra e junta-te a milhões de pessoas, em todo o mundo, enquanto agimos pelo nosso planeta.


Onda Digital Global
Faz a tua voz ser ouvida na 'Onda Digital Global', participando na tempestade que será lançada nas redes sociais.

A ideia é inundar as plataformas digitais com mensagens de esperança, otimismo e ação, para manter a ação ambiental em primeiro plano na agenda global coletiva.

Participa, desde onde estiveres, com a hashtag # EarthDay2020.


Earth Day Live
Parceiros e líderes de opinião de todo o movimento climático serão ouvidos na 'Transmissão ao Vivo' do Dia da Terra.

Junta-te às mensagens de vídeo: do ex-Secretário de Estado dos E.U.A., John Kerry; do ator e ativista Zac Efron, do ex-Chefe do Clima da ONU, Christiana Figueres, do comentarista de media Van Jones, do músico vencedor do Grammy, Ricky Kej, do ex-Vice-Presidente dos E.U.A., Al Gore - e de muitos mais.


A rede 'Earthday.org' é um ponto focal mundial das atividades do Dia Mundial da Terra. Mas há mais focos a que te poderás juntar.


Com a rede internacional 'CARTA DA TERRA'

A rede internacional 'Carta da Terra' celebra o Dia Mundial da Terra com vários seminários online (webinars):

Regista-te em:

WEBINAR IN ENGLISH: 10:00am Costa Rica (GMT-6) = 12:00pm EST = 9:00am PST


WEBINAR EN ESPAÑOL: 12:00pm Costa Rica (GMT-6)



WEBINAR EM PORTUGUES: 3:00pm Costa Rica (GMT-6) = 5:00pm EST = 6:00pm Brazil

Com os 'EARTH PROTECTOR COMMUNITIES':



A rede internacional 'EARTH PROTECTOR COMMUNITIES' celebra o Dia Mundial da Terra com a 'EARTH WEEK 2020', cujo programa inclui uma série de eventos online, desde entrevistas, comunicações, momentos inspirados de celebração, tributo e partilha (como o pub virtual) e música inspiradora (www.singforearthday.co.uk). Também para lembrar Polly Higgins e o seu legado, no aniversário da sua morte.


Acompanhe as atividades, links e informações detalhadas na página do facebook da comunidade:

Um Minuto de Silêncio de Gratidão à Terra - 22 de Abril de 2020 (Dia Mundial da Terra)


A FAZEDORES da MUDANÇA volta a assinalar o 'Dia Mundial da Terra' com a iniciativa 'Um Minuto de Silêncio de Gratidão à Terra'.

Esta iniciativa é especialmente dirigida aos jovens via escola/ professores. Mas, na realidade, todos somos convidados ao desafio e, agora em casa, torna-se mais fácil e apelativo participar.

O ano passado foram cerca de 60.000 os participantes. Este ano, não se saberá quantos, pois não haverá inscrições.

A FAZEDORES da MUDANÇA pretende que esta iniciativa seja simples e o mais aberta possível, para que cada um se possa adaptar consoante as condições existentes.

É assim que se endereça o convite a celebrar o Dia Mundial da Terra com UM MINUTO DE SILÊNCIO DE GRATIDÃO por tudo o que ela nos dá.

Um Minuto de Silêncio que poderá ser feito, em conjunto, ainda que virtualmente, envolvendo alunos e famílias.


Podemos associar UM Minuto de Silêncio a alguma iniciativa?

Sim!

Agarrando a ideia da professora Gabriela Alves, do Agrupamento de Escolas de Mesão Frio, com a ajuda de um telemóvel podemos convidar os que nos rodeiam a tirar uma foto ou a fazer um vídeo de 1 minuto da natureza que conseguem ver pela janela da sua casa, ou da sua rua.

Podemos filmar os montes, as paisagens, uma árvore, uma flor, um rio, o céu, as nuvens, os sons da chuva, do vento, dos pássaros e até o das estrelas!!

O importante é ligarmo-nos à natureza e usar a imaginação e a criatividade - e isto, sabemos que as crianças e os jovens têm demais!


O que fazer com os trabalhos que forem feitos?

No dia 22 de Abril, podemos oferecê-los à nossa Mãe Terra, em jeito de presente, neste dia tão especial, partilhando-os na Página do Facebook dos Fazedores da Mudança e nas redes sociais.

Citando Eduardo Galeano:
“Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo muitas coisas pequenas, mudam o Mundo”. 
Vamos lá?!


Acompanha esta iniciativa:
Através do Evento do Facebook: https://www.facebook.com/events/677566259713175/

Pela partilha do vídeo:


sábado, 21 de março de 2020

Ficar em Casa


Olá a ti que nos lês, aí em casa ou no teu escolhido 'casulo' de recolhimento.

Estamos a viver um 'estado de emergência' devido ao novo vírus da COVID-19.

Para uma rápida e animada 'leitura' do que isso é e significa - e para os mais novos - aqui fica um vídeo de animação da turma do 'Tobias e o Frango da Dentadura' da Arte C Estúdio. Vem do lado de lá do oceano, dos nossos irmãos brasileiros. Salvé e saravá a todos eles!


Para uma 'leitura' mais aprofundada da coisa - e para os mais velhos (em inglês, com legendas) - recomendamos esta versão, publicada pela Kurzgesagt – In a Nutshell:


Bom, agora que já esclarecemos o que se passa e porque temos que ficar em casa, vamos falar de outras coisas, também importantes - e que muito provavelmente já estás a fazer e/ou a pensar fazer:

Aproveitar bem este tempo!

Ora bem, aqui começa a nossa reflexão e ideias para ti: sentimos que este é o 'tempo de ser preguiça'. Daí a imagem que colocámos no início.

E o que quer isso dizer? Não fazer nada? Bem, sabemos que isso é impossível - e indesejável. A utilidade do nosso tempo é preciosa, não deve ser desperdiçada, mas... Já que temos esta oportunidade única de, para muitos de nós, a nossa maior utilidade social ser ficar longe dos outros, recolhidos em casa, então aproveitemos para fazer as coisas à nossa maneira, com utilidade para nós (e para os outros, através de nós).

Eis algumas dicas que deixamos à tua consideração:

1. Manter as rotinas
É bom e faz bem, manter a hora de acordar, vestir, comer e começar a fazer... O que decidimos fazer. A manhã é a parte mais produtiva do dia, por isso, há que aproveitar!
Podes, por exemplo:

* Escrever umas linhas de abertura do dia.

* Iniciar as atividades letivas/ o trabalho, que decerto todos, sem exceção, temos à nossa espera. MAS, não deixes que estas atividades tomem mais do que 1h a 2h, POIS, entretanto já fizeste a digestão do pequeno-almoço e é hora para...

* Fazer uma atividade física - adapta um espaço da tua casa a ginásio pessoal e escolhe uma modalidade que se adapte. Meditação, Yoga, Dança, Ginástica, Artes Marciais - tu escolhes! Até pode ser uma para cada dia da semana. Se tens possibilidade de sair e dar uma volta ao quarteirão (mantendo as devidas distâncias aos demais), aproveita! E na volta, traz algo da frutaria, da mercearia, de qualquer lojinha local que esteja aberta e tenha coisas de que possas precisar. É muito importante para ajudar a economia e as pessoas que, afinal, são teus vizinhos. Também podes pesquisar entregas online, de serviços de proximidade e/ou pequenos distribuidores que conheças e/ou de tua preferência.

* Estás de volta e bem energizad@: aproveita para pesquisar algo, fazer uma atividade criativa, juntares-te com outros numa plataforma digital. Discute as tuas ideias, partilha os teus saberes, alarga os teus horizontes. Devemos aprender algo novo todos os dias, isso é vital para o nosso crescimento e desenvolvimento.

* Entretanto, olhas para o relógio e... São quase horas de almoço. Vais cozinhar e isso é bom e importante. Utiliza o que compraste/ encomendaste e toma o teu tempo. Planeia as tuas refeições, variadas, nutritivas, saudáveis e saborosas - e leves. Não te esqueças que estamos por casa, não gastamos assim tanta energia como normalmente.

* E sai um almoço, que te deixa sonolent@. Uma pequena sesta é o ideal, para 'assentar' o repasto. Ajuda-te a organizar internamente e 'conectar' com a base energética da Terra. MAS, se não és de sestas, aproveita só para pousar, pausar: lê um livro, faz um puzzle, escreve, desenha, pinta, faz algo com as mãos, que junte, una, em ações conhecidas, repetitivas, um certo 'mantra interior', a acalmia do coração.

* Já está e... De novo te sentes energizad@; então, volta aos teus afazeres (já sabes, não mais de 1h a 2h, consoante a tua idade, capacidade de concentração, etc).

* E chegou o lanche... Agora já só há um rabinho de tempo para algo mais. Aqui entram as atividades criativas mais expressivas e que implicam o corpo, algum movimento e descoberta/ procura exterior, como cantar, dançar, teatrar, tocar um instrumento, poetizar, declamar, fotografar, videoartizar, já percebeste, pois tu decides!

* Entretanto, todos 'voltam a casa', cada um do seu espaço-atividade - e essa rotina já conheces, até à hora de ir deitar.

* Amanhã começa tudo outra vez e, claro, num ou noutro dia haverá imprevistos, coisas que se alteram e correm diferentes dos teus planos. Isso é óptimo e sinal de que a vida nos reserva as suas surpresas, por isso, não desesperes e, mais uma vez, aproveita!

Passamos ao item seguinte?

2. Comunicar
Esta componente é mesmo importante e, se já a abordámos um pouco no ponto 1 das rotinas, insistimos aqui pois, num tempo de 'clausura' (vamos usando umas palavras difíceis mas é só para te manter curios@ e atent@), torna-se vital comunicar com outr@s e reforçar esta ideia de que ESTAMOS JUNT@S E TOD@S LIGAD@S.

Então, mesmo que comuniques com os que partilham a tua casa, há aqueles que estão longe, sozinhos, isolados, a quem uma palavra amiga é mais que um tesouro, é a VIDA. E também os teus companheiros, mestres, amigos  - que estavam habituados à tua presença e agora sentem muitas saudades.

Arranja forma de te conectares, tens muitas opções:
* Telefona ou faz uma video-chamada, para uma pessoa ou um grupo - combina com antecedência, para ser mais calmo e prazeroso.

* Escreve uma carta, em papel ou no computador, para alguém especial, que está no teu pensamento - ou para alguém que não conheces; pode ser divertido, arriscar no google maps uma morada e imaginar quem lá vive e enviar-lhe umas palavras (quem sabe com um desenho a acompanhar); se não obtiveres resposta, não desistas, podem ter ido para outro lugar, ter com outra parte da família.

* Faz um vídeo com a tua mensagem e envia ou pede para enviar por canal privado e seguro para quem queiras.

* Escreve àqueles que ainda estão a trabalhar fora de casa e que são os nossos heróis: os médicos, os enfermeiros, os polícias, os padeiros, os farmacêuticos, os funcionários dos supermercados, os técnicos de todas as infraestruturas que não podem parar para que nós possamos ficar temporariamente parados (dos sistemas de abastecimento, distribuição e tratamento de água; dos sistemas de recolha e tratamento de resíduos; dos sistemas de produção, transporte, transformação e distribuição de energia; das tecnologias de informação e comunicação; dos vários serviços que antes, e mais agora, efetuam entregas ao domicílio). São tantos que é impossível enumerá-los! E sim, também aos teus governantes, àqueles que governam coisas que para ti são importantes, seja a escola/ trabalho, o clube de que gostas, a associação de que fazes parte, a tua aldeia/ vila/ freguesia/ cidade/ distrito/ país/ região continental e organização mundial. Seja qual for a 'escala', tu fazes parte!

* Se quiseres ser mais ambicios@, as tuas mensagens podem ser adornadas em poemas, colagens, pinturas, esculturas e outras formas artísticas e criativas, e ficar à espera do momento em que as possas entregar pessoalmente; quem sabe não as guardas, com um carinho especial, até ao próximo Natal?! :)

* Se ainda quiseres ir mais longe, bem, escreve um livro para deixar para a posteridade, "Estórias do Covidizer" (este título é um exemplo, em trocadilho e tom de comédia, porque rir também faz bem). Mas agora sério, é escrevendo um bocadinho todos os dias que nasce uma grande bela estória - ou várias pequenas belas estórias.

Ok, já apanhaste a ideia, de modo que... Passamos ao próximo:

3. Pausar
Deixamos o melhor para o fim: esta ideia de pausar, de desacelerar, de fazer tudo muito mais lentamente, para a cada coisa poder dar mais atenção e assim consciencializar (ganhar consciência, saber com Sabedoria) o que é REALMENTE IMPORTANTE para nós:
Aquilo que...
Nos faz bem
Nos faz falta quando não tem
Não magoa ninguém
E é verdade nossa, que só a nós convém.
(nota: já agora, a Sabedoria é aquilo que se ganha quando deixamos de andar à procura daquilo que já temos; quando deixamos de perguntar aquilo que já sabemos; quando deixamos de querer ser aquilo que já somos).

Então, nada como uma boa preguiça. Vê esta famosa cena do filme Zootrópolis:


Esta cena dá, para já, uma boa gargalhada. Assim é com muita coisa na vida. Mas há algo mais aqui. Por detrás de uma boa gargalhada esconde-se sempre um drama profundo (aprendi isto com os palhaços) Mas... Quem quer aprofundar? Principalmente, quando o drama é o nosso?

A preguiça está num tempo diferente do da coelha - e a raposa é sempre matreira. Assim, a preguiça (o planeta) pede-nos para escutar, desacelerar; tem os seus tempos e ritmos lentos, que nós (a coelha), tão rápida, ágil, inteligente, já sabe ou julga saber, e por isso se exaspera, nem consegue já parar e escutar VERDADEIRAMENTE a preguiça.

Por exemplo, a preguiça diz uma coisa muito importante (que aposto escapou a quase todos que viram o vídeo): quando a coelha lhe pergunta "tudo bem?", ela responde "comigo está tudo tão bem como pode estar". Esta afirmação é de uma enorme sabedoria, pois nunca tudo está bem (nós não dominamos tudo!), o melhor que podemos fazer é esse 'tudo' que esteja ao nosso alcance.

Quanto à raposa, bem, a raposa são todas estas coisas vivas que o planeta nos envia à laia de aviso: vieram para ajudar mas só sobrevivem porque são matreiras, por isso contemos que nos façam sofrer um bocadinho. Ou muito. Consoante o que estivermos dispostos.

Este tempo, que advogamos como de 'não fazer nada', 'de preguiçar', é na verdade um tempo de sincronia com a Terra; de estimular em nós um certo ócio criativo (e vale a pena ler sobre esta palavra, ócio). O tempo em que nos possamos perder (num certo vazio, num aborrecimento) floresce como vital essência para que nos possamos encontrar: no que nos prende os sentidos; no que nos faz sentido; no que sejam ideias nossas de como o nosso caminho haveremos de trilhar. E isso pode ser a coisa mais útil que façamos na nossa vida.

Rita Fouto

Notas Finais:
1. Poderá valer a pena reler o texto de abertura do ano letivo 2019-2020 da FAREDUCA, o qual, muito apropriadamente, consagrámos à visão de um 'mundocasa'.

2. Igualmente apropriado neste tempo de quarentena, as dicas para 'Agir Agora', cuja implementação agora deve, muito naturalmente, ser adaptada a um contexto 'a partir de casa'.

3. Finalmente, um post sobre o Eco-Dharma (Eco Budismo), de que nos podemos aproximar, pelo menos informar, se não for para praticar.