Jovens pelo Clima

 
 
Os problemas ambientais e do clima são da maior prioridade na atualidade e é crucial dar a conhecê-los aos jovens, possibilitando informá-los com qualidade e sensibilizá-los para a necessidade de agir, mudar comportamentos e atitudes e estimular o associativismo e o ativismo ambiental e climático.

Quer em contexto curricular e no âmbito de várias disciplinas, quer noutros contextos menos formais, é sempre possível passar informação, conteúdos e co-criar dinâmicas com os alunos, neste sentido.

A FAREDUCA, que desde 2010 se tem dedicado à educação para a sustentabilidade, veiculando conteúdos através da arte, tendo como fim uma educação mais ‘impregnante’ e ‘significante’ das crianças e dos jovens, assume esta missão, em parceria com parceiros próximos e ativos na visão e missão/ objetivos que a todos une.
 

 
Equipa
 
Rita Fouto
Engenheira do Ambiente e Atriz, trabalha há 20 anos com crianças e jovens em atividades científicas, artísticas e educativas. Na sua abordagem aos temas do ambiente e da sustentabilidade privilegia a arte como meio de atingir a consciencialização e transformação, do indivíduo e dos coletivos sociais, através da experiência vivencial e da relação empática. A sua marca nesta área consolidou-se com a FAREDUCA (http://far-educa.blogspot.com – com projetos em torno de: Carta da Terra (educação para a sustentabilidade); Agenda XXI e Movimento de Transição (ação local); educação artística e pela arte (projetos ‘Semear o Mundo’, ‘Teatro na Escola’ e outros); educação e vivências integrais e comunitárias (‘Dias da Terra’, ‘Comunidade – Projeto e(m) Partilha’) e ligações práticas às áreas de intervenção do ambiente (água, energia, solo, resíduos e poluição), bem como sociais e económicas. Na MIAU (associação cultural, companhia de teatro, grupos de teatro jovem e sénior e sede em Alcântara - ‘Espaço Alvito’) tem podido aprofundar, em projeto comunitário, os valores e princípios éticos que a movem.

Álvaro Fonseca
Doutorou-se em Microbiologia e foi professor universitário e investigador na área das Ciências da Vida durante 28 anos, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Encontra-se presentemente numa jornada de reflexão e de procura de caminhos alternativos rumo a uma sociedade mais justa, solidária e sustentável, tendo vindo a criar ligações com pessoas de diversas áreas do saber, como a educação, a investigação artística e o activismo político e ambiental. Acredita que pensadores, cientistas, artistas e outros cidadãos conscientes e motivados se devem envolver nessa jornada com o risco de termos pela frente um futuro muito sombrio e hostil. Tem desenvolvido acções de reflexão e partilha de conhecimento em escolas e em espaços públicos ou associativos. Escreve sobre temas diversos da contemporaneidade no blogue: http://transicao_ou_disrupcao.blogs.sapo.pt/. Inicia colaboração com a FAREDUCA em 2017, também no EARTHfest e com uma caminhada à descoberta do ‘Mediterrâneo em Monsanto’.

Isabel Correia
Licenciada em Artes Plásticas e pós-graduada em Pedagogia Perceptiva do Movimento, foi bolseira em Contemporary Art e fez formação em Desenho. Também fez formação em Dança Contemporânea e Butoh. Leccionou Escultura e Gestão de Arte e desenvolveu trabalho artístico na área da escultura e da performance, tendo participado em variadas exposições e espectáculos. Por quatro anos, fez o Retiro Tradicional de Budismo Tibetano, posteriormente co-orientando sessões de arte e meditação como professora convidada em várias instituições. Apresentou palestras sobre Arte e Meditação, Desenho Contemporâneo e Budismo e Arte Budista. Atualmente, é Professora de Desenho no Nextart e também investiga, ensina e trabalha na área do Desenho, sendo ainda responsável pelo núcleo Ambiente do Centro UPAYA, no âmbito do qual tem promovido a sensibilização, consciencialização, formação e activismo ambiental e climático. Junta-se à FAREDUCA em 2016, participando no EARTHfest desse ano, levando ao festival, na edição de 2018, os ‘círculos de conversas sobre clima’.
 

Atividades

As atividades podem variar desde uma palestra com dinâmica participativa até um teatro-debate ou série de sessões com objetivos e programas específicos, concorrendo para uma capacitação e vivência experiencial mais aprofundada do tema.

A título de exemplo, descrevemos uma atividade que realizámos numa escola secundária, com duas turmas do 8º ano, envolvendo 54 alunos e dois professores. A atividade compreendeu três sessões, uma de 90' e duas de 45'.
 
Sessão #1
Ver o filme ‘Before the Flood’:
 
 
Responder às questões:
1. Qual o problema?
2. Quais as causas?
3. Quais as soluções?
4. Como se implementam?

Sessão #2
Realizar uma dinâmica com os alunos, compreendendo:
a) Apresentação dos alunos (dinâmica física em resposta a questões-chave);
b) Revisitação do filme (curtos clipes de trechos-chave) e das respostas dos alunos (esclarecimentos teóricos; debate de ideias e construção coletiva de gráficos de resposta para cada uma das perguntas)
c) Visionamento do vídeo 'Greta Thunberg @ COP24':
 
 
Auscultação de ideias para a ação individual (na minha vida, nos vários locais, contextos e práticas do dia-a-dia) e coletiva (nomeadamente na escola – embora também possam ser pensados outros contextos como a família, grupos de amigos/ interesses/ atividades).
Fornecimento de informação/ material de referência que possa constituir um ‘think-tank’ de ideias e ‘dicas’orientadas a:
- Saber mais sobre o tema das 'Alterações Climáticas';
- Fornecer dicas e exemplos de ações concretas, individuais e coletivas, em diferentes contextos;
- Listar iniciativas/ eventos/ grupos de interesse no tema, nos quais os alunos podem participar.
 
No último item, sugerimos:
i) Participar na Greve Estudantil Mundial pelo Clima - dia 15 de março às 10h30
- Criar faixas, pancartas, frases de ordem, discursos
- Organizar a ida coletiva da escola
- Organizar uma iniciativa pós-greve
ii) Colegialmente decidir uma ação para implementar na escola, a estar implementada/ concretizada/ finalizada (se for o caso) até ao final do ano letivo.

 
Sessão #3
Efetuar um levantamento das ideias dos alunos. Sistematizar. Criar uma dinâmica de seriação e escolha de uma ou duas 'melhores ideias' (consenso é preferível a votação; dramatização pelos alunos é fortemente sugerido).
 
Fechar com agendamento de visita para celebração da(s) ideia(s) implementadas.
Atribuição de 'pins' 'Zero kelvin'.
 

Para mais informações sobre esta iniciativa, contacte-nos.