E é mesmo.
A inexpressividade (ou falta de expressão) acentua-se com a forma de estar
passiva, de quem “apenas” recebe o que vem do exterior.
Por isso é dramático, essa falta de expressão, que lenta e
sub-repticiamente nos vai desligando de nós próprios, da descoberta e vivência
plena da nossa interioridade.
Interioridade, essa, que urge descobrir, resgatar, “fazer sair”, expressar
e interconectar com os outros e tudo aquilo que nos rodeia e vai sendo
estímulo.
Estímulo para receber o mundo, assimilá-lo e devolvê-lo em cunho próprio. A
criatividade alimenta-se do olhar, da escuta, do silêncio, do tempo a passar e
nós a sentir. Um processo. Um rio a fluir.
A nossa natureza é eminentemente criativa. Criar está-nos no sangue. E
hoje, na Era do Antropoceno, urge
resgatar o pedaço perdido da nossa humanidade.
Esse cadinho de sensibilidade férrea-frágil que nos faz confiar, dar a mão,
arriscar, segurar, saltar, mergulhar, voar… Com os outros. Sempre.
Por isso esta oficina é para as famílias. Para se (re)descobrirem num outro
olhar, sob outros estímulos, reforçando os laços, surpreendendo-se!
Abrindo espaço, naturalmente, a outras afinidades de grupo: de idades,
gostos, interesses, intuições e motivações.
Onde se anicham os “nós” da comunidade. Que se vão alterando e ajustando.
Na dinâmica própria das “coisas” vivas.
Vamos a isso? J
(Rita Fouto)
(Rita Fouto)
Esta oficina destina-se a famílias com crianças a partir dos 3 anos de
idade, jovens de qualquer idade, adultos e seniores.
Qual o objetivo?
Pretende-se estimular e desenvolver a expressão livre e criativa de cada
um, implicando o corpo, a voz e a imaginação, numa descoberta pessoal e comum
(de grupo).
A magia do “faz-de-conta” surgirá, muito naturalmente, a partir de
estímulos, ideias, concretizações e composições, que o grupo devolverá, nas
suas dinâmicas próprias.
Pretende-se proporcionar, uma vez por mês, uma tarde de sábado diferente, dedicada
à expressão e criação artística teatral, em família e em comunidade.
Qual o programa/ modelo
das sessões?
As sessões decorrem com o seguinte programa-base:
1.
Chegar Devagar (roda de boas-vindas);
2.
Ativar, Ativar (exercícios de foco, concentração e aquecimento);
3.
Dramático do Dia (estímulos, propostas e desafios específicos);
4.
Improvisações e composições (criações em pequeno grupo):
5.
Fechar sem tapar (roda de partilha final e despedida).
O programa específico de cada sessão será desenhado a partir dos resultados
da primeira sessão, no qual se conhecerá o grupo e suas necessidades,
expectativas, contributos, ideias e propostas.
Ainda assim, cada sessão funcionará autonomamente, possibilitando, a cada
momento, a integração de outros/ novos participantes.
Onde e quando se realiza?
A oficina realiza-se no IFICT –
Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral,
Sito na Rua da Bica do Sapato, nº 48
A e B, 1100-094 Lisboa (junto à Estação de St.ª Apolónia),
No horário das 15 às 17h,
Nos sábados de 13/01, 10/02, 10/03, 07/04, 19/05 e 16/06.
Como posso
participar?
Inscrevendo-se para geral@ifict.pt, tendo em
atenção que a oficina admitirá um número limitado de participantes, sendo dada
prioridade às famílias que se inscrevam no conjunto das seis sessões.
Qual o custo?
O custo da oficina, por pessoa (criança/ jovem/ adulto/ sénior) é de:
Família de:
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1
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2
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3
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4
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5 ou +
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Sessão Avulsa:
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20 €
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18 €
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16 €
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14 €
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12 €
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Pack de 6 Sessões:
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18 €
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16 €
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14 €
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12 €
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10 €
|
E sobre a
formadora?
Aluna e professora do IFICT, diretora da MIAU Companhia de Teatro e da FAREDUCA Educação para a Sustentabilidade, Rita Fouto, nascida em Lisboa, em 1975, é atriz, encenadora, dramaturga, produtora, criadora, formadora e professora de teatro. As suas aulas e oficinas (iniciadas há 14 anos), têm passado por crianças, jovens, adultos, séniores e outros grupos, sempre centradas no desenvolvimento integral e harmonioso do "ser", quer ao nível pessoal, quer artístico, social e cívico.
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